mercredi 31 mars 2010

Foto panorâmica de Paris



Vejam no site abaixo uma foto panorâmica, feita a partir da Torre Eiffel, que meu querido amigo Sylvio Coutinho indicou:

http://www.gillesvidal.com/blogpano/paris.htm


uma viagem sous le ciel de Paris.


A música de fundo é Sous le ciel de Paris de Yves Montand.

"Sous le ciel de Paris
S'envole une chanson
Hum Hum
Elle est née d'aujourd'hui
Dans le coeur d'un garçon
[...]
Sous le ciel de Paris
Les oiseaux du Bon Dieu
Hum Hum
Viennent du monde entier
Pour bavarder entre eux..."

mercredi 24 mars 2010

Alice au pays des merveilles en France

O vídeo da premiação de Tim Burton - ele recebe do Ministère de la Culture les Insignes d'Officer en Ordre - (estudantes de francês prestem atenção na journée de Tim Burton) com a Avant-première do filme na França:
http://www.youtube.com/watch?v=nDAJuiYtrkQ&feature=player_embedded


E o trailer do filme em francês:
http://www.youtube.com/watch?v=aadiD_lUIXk


-C'est impossible!
-Seulemente si tu crois que c'est impossible.

Amusez-vous!
Angelina

mercredi 17 mars 2010

Fait divers et Littérature


Neste ano de 2010 o concurso da Campus France para comemoração do dia da Francofonia - 20 de março - é um fait divers que contenha as 10 palavras francófonas: "baladeur / crescendo / escagasser / remue-méninges / mentor / zapper / cheval de Troie / mobile / galère / variante".
Lembro a vocês que grandes obras da literatura nasceram de fait divers. Este termo designa, no meio jornalístico, notícias do cotidiano, curiosidades, fatos pitorescos. E a partir do fait divers sobre a história do Senhor Delamare, médico na cidade francesa de Ry, do qual a mulher infiel acabou por se envenenar e ele morreu, em seguida, de desgosto, nasceu a semente, o tema, para um dos maiores livros de todos os tempos: Madame Bovary de Gustave Flaubert.
Para Flaubert (1821-1880) a única responsabilidade do autor é para com a forma da obra, o seu estilo; o tema pode ser qualquer um. Claro que para este escritor nunca nada é qualquer um, pois ele conhece o universo sobre o qual se debruça, cria empatia com as personagens miméticas do real e com o leitor. Entretanto, ao seguir esse pensamento voltado para a forma torna-se possível fazer uma obra com apreço narrativo a partir de um fato do cotidiano.
O período em que Madame Bovary foi publicado, ano de 1856, era uma época de grande censura na França devido ao Imperador Napoléon Troisième, que ficou no posto de 1851 até 1870. No ano seguinte outro grande livro, que foi perseguido pela censura, foi publicado: Les fleurs du mal de Charles Baudelaire e no Brasil, em 1856, era publicado O Guarani de José de Alencar. No Brasil entrávamos no Romantismo e na França já estávamos no Realismo e no Modernismo, respectivamente com Flaubert, Baudelaire e outros autores.
A partir de Victor Hugo a arte se integra ao banal; nosso grande escritor Romântico, que viveu de 1802 a 1885, publicou entre outras obras Notre Dame de Paris (1831) e Les Misérables (1862). Ele revolucionou a literatura e abriu as portas para muitos.

Com esta reflexão desejo que pensem como a Arte nasce do cotidiano, como esse exercício pode ser feito por cada um de nós e espero que vocês sintam-se motivados a escrever seus textos. Marcel Proust nos mostra em À la recherche du temps perdu como a obra de arte é maior do que os temas e os modelos. O trabalho do Artista é traduzir em arte o que já existe em todos nós e no nosso dia a dia. Portanto estamos repletos de temas para a Arte, agora é traduzir nas diversas linguagens: literária, musical, plástica o que nos toca. É tornar geral uma situação singular, como escreve Proust: "...rien ne peut durer qu'en devenant général..." (Le Temps Retrouvé. Page 212) É tornar a vida imortal, refletir sentimentos da humanidade.
Pensem, de um simples fait divers Flaubert nos trouxe seres tão imortais como Emma e Charles Bovary.

-Mãos a obra!

Angelina.

jeudi 11 mars 2010

Programação da Semana da Francofonia


20 de março: Dia Internacional da Francofonia

Vejam a Programação para a Semana da Francofonia em todo o Brasil no site:
http://www.francofonia.org.br/


Consultem diversas vezes, pois ainda serão colocados mais eventos.

Angelina.

Concurso: As 10 palavras da francofonia



São duas categorias: de 18 a 25 anos e Livreiros.

-Participem!

mercredi 10 mars 2010

Tudo que é solido desmancha no ar


Perder seres amados nos causa muita dor, sejam eles quem forem e de que espécie forem. E há uma reflexão no livro Tudo que é solido desmancha no ar que nos mostra um pouco esses sentimentos universais e uma possibilidade de como reagir frente a isso:
"...Ivan Karamazov diz que, acima de tudo o mais, a morte de uma criança lhe dá ganas de devolver ao universo o seu bilhete de entrada. Mas ele não o faz. Ele continua a lutar e a amar; ele continua a continuar."


Angelina.

lundi 8 mars 2010

20 de março: Dia Internacional da Francofonia.


Amis,

Em homenagem ao Dia Internacional da Francofonia, 20 de março, o cinema Reserva Cultural junto com a Alliance Française realizam o Ciné-club de março com o tema "Viagem pela Francofonia através do cinema e dos sabores".

-Participem!

Haverá degustação entre as sessões do dia 14 de março e no dia 28 de março haverá o café da manhã à la française.

-Aproveitem esta oportunidade: a língua francesa e seus diversos países e culturas.
http://www.aliancafrancesa.com.br/emails/cultural_ciclofrancofono_020310.asp


Angelina.

vendredi 5 mars 2010

Amor em minúscula




Sugestão de leitura:

O livro Amor em minúscula, no qual o encontro com um pequeno ser muda a vida do Professor Samuel. A história se passa em Barcelona e traz diversas referências a outras obras.

trailer do livro: http://www.youtube.com/watch?v=yITk2unWu7M


e um dos Programas Entrelinhas sobre essa relação escritores-gatos:
http://www.youtube.com/watch?v=_zZE0HhRlqM

É interessante como tantos escritores amam gatos, vejam Neil Gaiman (disse que sua gatinha ditou o livro Star Dust), Guimarães Rosa, Ferreira Gullar e tantos outros
-Boa leitura!

Angelina.

lundi 1 mars 2010

À quoi ça sert l'amour?


Vejam o vídeo da música "À quoi ça sert l'amour" cantada pela eterna Edith Piaf:
http://www.youtube.com/watch?v=aDOiWOlltzI


"À quoi ça sert l'amour

A quoi ça sert l'amour ?
On raconte toujours
Des histoires insensées.
A quoi ça sert d'aimer ?

L'amour ne s'explique pas !
C'est une chose comme ça,
Qui vient on ne sait d'où
Et vous prend tout à coup.

... "

Ta main - Grégoire




Uma música universal.
Uma das mais verdadeiras metonímias: a mão como representante do nosso "eu":

Ta main
de Grégoire
"Tu sais que j’ai du mal,
Encore à parler de toi,
Il parait que c’est normal,
Il n’y a pas de règles dans ces jeux là.

Tu sais j’ai la voix qui se sert,
Quand je te croise dans les photos,
Tu sais j’ai le cœur qui se perd,
Je crois qu’il te pense un peu trop.

C’est comme ça,
C’est comme ça.

J'aurais aimé tenir ta main,
Un peu plus longtemps…
J'aurais aimé tenir ta main,
Un peu plus longtemps…
J'aurais aimé que mon chagrin,
Ne dure qu’un instant.
Et tu sais j’espère au moins,
Que tu m’entends.

C’est dur de briser le silence,
Même dans les cris, même dans la fête,
C’est dur de combattre l’absence,
Car cette conne n’en fais qu’à sa tête.

Et personne ne peut comprendre,
On a chacun sa propre histoire.
On m'a dit qu’il fallait attendre,
Que la peine devienne dérisoire.

C’est comme ça,
C’est comme ça.

J'aurais aimé tenir ta main,
Un peu plus longtemps…
J'aurais aimé tenir ta main,
Un peu plus longtemps…
J'aurais aimé que mon chagrin,
Ne dure qu’un instant.
Et tu sais j’espère au moins,
Que tu m’entends.

Je voulais te dire que j’étais fier,
D’avoir était au moins un jour,
Un peu ton ami et ton frère,
Même si la vie a ses détours.

C'est comme ça,
C'est comme ça. "

Pai super pai


Coloco abaixo o texto que fiz para o concurso da Band News Fm, em agosto de 2009, com o tema "Pai super pai":

Com meu pai eu aprendi muito:
Aprendi a andar de bicicleta, ele me levou por um bom tempo pra passear todo dia de bicicleta, primeiro com as duas rodinhas, depois com uma só, nós morávamos em Peruíbe e todos os dias íamos de casa até o centro, o que era uma distância razoável, e com muita paciência ele ia ao meu lado. Então numa tarde, na frente de casa, em uma descidinha que havia, ele me disse “-Vai sem rodinhas.” , deu um medo enorme, meu coração batia forte, mas ele disse de novo “-Vai filha, sem rodinhas.” E eu consegui!
Nessa época eu tinha 7 anos e vivíamos numa casa com árvores, gato, cachorro, maritaca, papagaio, todos em casa, e desde esse período meu pai e eu, por iniciativa dele, ensinávamos os gatos a caçarem alimentos, colocávamos o alimento dentro de caixas de papelão com a boca virada pra baixo e os gatos faziam uma grande festa, realizávamos "melhoramento ambiental" antes do termo existir. Ele também me ensinou a não ter medo das demais espécies de animais, com técnicas – que uso até hoje - e toda essa vivência me ensinou a amar os animais.
Isso já seria o bastante. Mas ele também me ensinou a amar o processo criativo das artes e das ciências: de caixas de madeira da feira ele fazia guarda-roupa pra minhas bonecas e outras coisas, como um robô que era um dever de casa de artes e com a ajuda do meu pai eu ganhei o primeiro lugar, um brinquedo feito só de material reutilizado (caixa de sabão em pó, copinhos de plástico de café, retalhos de pano...) E diversos consertos e experiências que fazíamos juntos em casa, com ferramentas como esmeril e furadeira.
Partilho aqui algumas das situações vividas com o Seu João Corrêa de Souza, meu pai, uma pessoa fundamental na formação do meu caráter e nas escolhas que fiz no mundo adulto: cursei Letras porque a criação faz parte de mim e me realizo muito na escrita quando de uma página em branco crio uma narrativa; fiz estágio no MAC-USP por causa da paixão que tenho pelas artes plásticas e que com certeza nasceu na minha infância ao ver simples coisas ganharem significado nas mãos do meu pai; interesso-me muito pelos estudos e experiências da Física; e meu amor pelas demais espécies animais que nasceu da convivência que tínhamos com papagaios que subiam pelas minhas tranças, cães que eu escovava... e outras experiências a três: meu pai, o bichinho e eu.
Com meu pai aprendi tudo isso e aprendi que o que deixamos de mais importante pra quem amamos são o amor e atenção que lhes damos.

Angelina.